Analisar o contexto cultural e histórico é muito importante para os estudos teológicos. Além de conhecer as descobertas ligadas às passagens bíblicas, é muito importante estudar a história das religiões e seus seguidores. Se não houvesse estudos históricos, seria difícil compreender a história da igreja e suas doutrinas, por exemplo.
Para despertar a sua curiosidade e o seu interesse pela história, selecionamos algumas descobertas arqueológicas que estão ligadas com a Bíblia. Confira!
Manuscritos do Mar Morto
Em 1947, pastores passaram por uma caverna na região oeste do Mar Morto e encontraram alguns documentos. Anos depois, cavernas similares foram achadas com mais manuscritos. O resultado: foram encontrados mais de 800 documentos fragmentados com escritos hebraicos em couro e pergaminhos – incluindo fragmentos de 190 pergaminhos bíblicos.
A maioria dos documentos são pequenos. No entanto, acharam um pergaminho completo de Isaías, quase todos os livros do Antigo Testamento e outros escritos importantes para a comunidade que morava nas cavernas na época. As datas dos manuscritos variam entre meados dos séculos III, II e I a.C.
A descoberta contribuiu para melhor compreensão da transmissão do texto bíblico. As diferenças são mínimas entre os textos do Antigo Testamento e os Manuscritos do Mar Morto.
Anel de Pôncio Pilatos
Foto: Autoridade de Antiguidades de Israel
Em 1968, foram encontradas em Israel várias peças, uma delas possui códigos que, na época, não foram decifrados. Trata-se de um anel de dois mil anos que ficou esquecido por um tempo até que, em novembro de 2018, um grupo de estudo da Universidade Hebraica decidiu analisá-lo usando novas tecnologias.
Os estudiosos limparam o anel e usaram técnicas avançadas de fotografia e laser, realçando os códigos marcados na peça. Então, descobriram que estava escrito “de Pilatos.” Como o nome não era comum, tudo indica que se trata do anel de Pôncio Pilatos, governador romano citado no Novo Testamento.
No anel também consta a imagem de uma ânfora, instrumento usado para armazenar vinho ou água, segundo os pesquisadores.
Dilúvio
Durante uma escavação na antiga cidade de Ur – atual Iraque – o arqueólogo britânico Leonard Woolley descobriu sedimentos que indicam uma inundação devastadora ocorrida entre 4.000 a.C. e 3.500 a.C., período que coincide com o Dilúvio relatado pelo Antigo Testamento. A descoberta isolada não consegue comprovar que a inundação aconteceu em todo o mundo, mas apontou que ocorreu na região citada na Bíblia.
Pedra Moabita
Foto: Reprodução Wikipedia
Em 1868, um missionário em Jerusalém encontrou uma tábua de pedra à venda que parecia ser de tempos antigos. Os vendedores quebraram a tábua em um número de peças para vendê-los separadamente e ganhar mais dinheiro.
Felizmente, uma cópia da tábua foi feita, e, atualmente, ela está no museu Louvre, em Paris. Na peça há um texto escrito em moabita com data do século IX a.C. Possivelmente, foi uma pedra que simboliza vitória, erguida pelo rei Mesha para comemorar suas conquistas militares. O texto começa: “Eu sou Mesha, filho de Quemos, rei de Moabe”.
Trata-se da versão do rei sobre uma guerra travada contra Israel em 850 a.C., na qual Moabe se revoltou contra o rei Jeorão de Israel, logo após a morte de Acabe. O registro está na Bíblia em 2 Reis 3.
Na pedra, estão enfatizadas as vitórias sobre Israel na captura de cidades sob controle israelita. Na Bíblia, estão destacados os contra-ataques bem-sucedidos de Israel contra os moabitas.
Essas são só algumas das descobertas arqueológicas que estão relacionadas a passagens bíblicas.
Se você já estudou alguma descoberta que não citamos, registre-a nos comentários!
Fontes:
– Crossway
– Folha
Muito obrigada pela disposição e dedicação em escrever no blog. Maravilhoso saber essa parte histórica.
Gostei muito das descobertas arqueológicas, comprova a veracidade das sagradas escrituras!